quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Findo

Sentei-me à janela e vi-te passar
Levantei a mão, quis fazer-te parar.
Mas senti-me tão débil, vi-te passar.
Desfilou o passado e o que acarreta
Num cortejo de anos anunciava a sineta.
Enquanto aguardava vi-te seguir
Não era uma festa, não estava a sorrir.
As fanfarras tocavam as palavras não ditas,
Tu que as conheces agora não gritas!
Os palhaços empinavam no nariz as tristezas
Malabares malabavam tantas incertezas.
As máscaras guardavam sorrisos,
Bem-quereres e desprazeres
Que agora não são precisos.
Olhava ansiando os melhores momentos de se lembrar…
No fim da parada, estava sozinha
Tive opção, a escolha foi minha.
Sentada à janela, podia mudar
Eras tu, vida!
Vi-te, , deixei-te passar.

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