sou eu
Não imaginas quantas vezes te invejo
Não por algo que tenhas
Mas pelo que és e eu nunca poderei ser.
Porque não te sentas sozinha num banco de jardim
A ver o tempo passar;
Porque não deambulas perdida
Envolta, em parte nenhuma
Esperando chocar como o teu objetivo
Ou algo que simplesmente te realize;
Porque não mendigas a felicidade
Nos rostos dos que se cruzam contigo.
Não te invejo pelo que tens ou ganhaste,
Invejo-te porque és feliz e sabes sorrir.
E se algum dia eu, como tu, soubesse sorrir
Deixaria de ser quem sou.