quinta-feira, 19 de novembro de 2009

VÍCIO

Receosa quis provar-te!
Sabia que poderia tornar-se um vício
Ou ser apenas um exemplo,
Mas parecia agitar-se a vontade.
Inevitavelmente traduziste mais do que o significado…
Precisei de ti para além do necessário,
Periodizando os meus interesses
Confundindo as minhas prioridades…
Com toda a subtileza que te foi possível
Despertaste-me para algo que ignorava.
Podias ter sido a minha droga,
                                                     Tornaste-te a minha ressaca…

Melifluidade



Um olhar que espelha toda a genuinidade e candura,

Duas personalidades distintas e marcadas
Impossíveis de confundir.
Uma mão que te prende
E te faz sentir único e especial.
Uma ternura inexplicável.
Um beijo doce, carregado de proveitos
Um pedido de atenção que te envolve
Não deixando que te despegues.
Uma imensidade de vidas envolvidas e condicionadas
Um bem-querer que abarca o infinitamente inatingível.

Imunidade


Procurei-te em todos os rostos que vi,

Nunca concebendo que a cara que desejava há muito desaparecera,
Pouco segura de que alguma vez te tenha encontrado.
Enquanto as pessoas se seguiam numa espécie de espiral
Que permite observar o inicio e o fim e forma cíclica,
Entendi que nunca exististe!
Camuflavas-te em cada ser que se aproximava de mim
Deixando-me num estado ora de loucura, ora de prazer.
Em cada máscara que usaste identifico uma característica que te é inerente
Não sabendo como classificar.
Podias ser qualquer pessoa, mas decidiste ser tu!
Tarde percebi que não se prende quem se quer soltar…
Decidi deixar-te partir.
Passei a procurar algo que não te pertencesse
De forma a entender-te como imaginação.